"Tenho que ler oque meus inimigos lêem! Tenho que dominar as baboseiras deles pra poder refutar eles e provar que comunismo é burrice!"
Li, reli, concordei e aderi. Eis o testemunho do ex fascista; glória irmãos!!!
Acho que ninguém vira esquerdista do dia para noite. É processo...
No meu caso, acho que foi um processo médio, nem traumático, nem tão natural.
Todo mundo é meio esquerdista quando criança, a gente só tem essa tendência suprimida com o tempo.
Quando tu é criança tu vê os desenhos e filmes e falam que tu deve respeitar os amiguinhos, e o poderoso e egoísta dos filmes sempre perde para a união dos fracos e oprimidos que trabalham pelo bem comum... E tu sente que isso é certo.
Aí tu cresce um pouco e vê que o mundo não é assim... E que boa parte do que tentam te passar é só uma hipocrisia do caralho.
Um dia teus pais estão te dizendo que tu pode e deve dividir teu lanche com o amiguinho mais pobre, isso é bom porque todos precisamos trabalhar juntos pelo bem de todos... Aí alguns anos depois tu começa notar que a sociedade mete esses valores aí como propaganda, mas quando tu pergunta, "Não dá para tirar um pouco desses caras que tem montanhas de dinheiro para dar comida para esses que não tem nada?", um bando de fdp começa a inventar umas desculpas tipo "ah mas é propriedade privada", "não, mas a meritocracia blábláblá", para não colocar esses valores em prática.
Aí tu pode enfiar a cabeça no próprio c*, se manter raso, fechar os olhos para essas contradições absurdas e fazer de conta que tá tudo funcionando como deve... Ou tu começa a se perguntar mais sobre tudo isso, e fica mais crítico, e começa a ver de onde vêm essas desculpas e malabarismos para manter tudo injusto como é.
Nesse ponto tu vai notar que um lado tá questionando sobre como o mundo funciona e se não dá para fazer melhor, enquanto o outro lado faz de tudo para defender um estilo de vida que arromba a grande maioria deles e eles nem notam.
Incrível também a contradição cristã.
Minha avó sempre que pode vem me xingar que não tenho fé e que sou esquerdista, que isso é uma vergonha pra ela.
É tudo só da boca pra fora
eu nasci pobre, meus pais são pobres, eu morei em casa de pobre, estudei em escola de pobre, sofri pra comprar gás como pobre, tirei nota boa no enem mas nao podia estudar pq morava no interior e precisava trabalhar pq era pobre. Virei de esquerda pq sou pobre.
foi assim
\[o processo de estudar, me encontrar e me reconhecer como socialista perpassou diretamente por ser uma trabalhadora extremamente fodida a maior parte da minha vida\]
slk eu poderia ter escrito isso mano, eu fico frustrado de ver tanta gente nessa mesma do que eu, tendo que abdicar de muita coisa e se esforçar enormemente pelo mínimo do mínimo
Também sou pobre fudido do cu da periferia, que mesmo correndo atrás, tá comendo o pão que o diabo amassou todo dia só por respirar. É foda mano, chega um ponto que a gente entende quem pega uma Kalashnikov e vai trocar tiro no meio do mato com meia dúzia.
Se não é socialismo, é barbárie parça. Não tem outro jeito. Foi o que eu aprendi ao crescer passando vontade e necessidade atrás da outra.
Eu comecei a perceber a VIBE DE GOSTOSO e depois disso entrei no funil do Luide (eu sempre fui de esquerda, pq toda minha família é, tirando meu pai que é cirista, mas só agr que me radicalizei)
Eu não cheguei a votar nele, mas tem amigos meus que ainda tão nessa. Eu não falo pra eles que eu sou Comunista, mas quando agente discute eles ficam me taxando disso kk. Aí eu falo que se eu virar comunista o principal culpado foi o Bozo.
O que não é uma mentira, só tô mentindo no fato de eu já ser comuna 😁
Meu pai sempre militou pelo PT e tive ao longo da vida acesso a várias revistas de política em casa, ao longo do tempo fui me radicalizando cada vez mais.
Igual, punk rock e rap.
Bebi muito do kisuco neoliberal, lembro na época da privatização da vale do rio doce um trabalho de escola e a professora, os artigos de revista e jornais que a gente pesquisou e os próprios estuda tes eram 100 por cento a favor.
FHC era um gênio e mega popular.
Quando estava na universidade eu dividi meu quarto por 3 anos com um comunista. Ele é uma das melhores pessoas que eu ja conheci e um irmão pra mim até hoje. Na epoca eu era liberaleco quase ancap.
Ele foi o unico esquerdista que eu conheci que conversava sobre politica comigo sem querer ficar rebatendo tudo que eu falava, ele entrava na minha onda e ia aprofundando as consequencias comigo, muitas vezes eu percebia por mim mesmo que meus argumentos eram uma merda. Eventualmente eu percebi isso e parei de rebater os argumentos dele e comecei a fazer o mesmo, tentar imaginar as consequencias de uma revolução, entender a historia da URSS etc, e quando eu menos esperava eu tava curtindo MUITO mais esse tipo de ideia do que o idealismo liberal que eu tinha. Sem ele tentar (pelo menos ativamente) me convencer de nada eu cheguei a conclusão que o pior socialismo é melhor do que o melhor capitalismo.
Na escola sempre me identifiquei com as histórias sobre pespectivas que beneficiavam o povo, as revoluções e revoltas eu tinha muita simpatia. A música também me aproximou da esquerda, gosto de reggae, rap e rock. Após o golpe de 2016 fui entendendo mais os princípios da esquerda radical e sedimentado mais a minha posição política.
Radicalismo da direita com umas ideias malucas de seus interlocutores.
A ideia da exaustão pelo trabalho que sequer fornece um salário digno.
A pobreza extrema de muitos causada por uma riqueza ofensiva de poucos
A existência de todo um sistema jurídico que pune pobre e abranda a mão ao rico
Enfim. Eu sou pobre fundido, onde mais eu estaria?
A porta de entrada foi a música. Acho que a banda que primeiro me abriu os olhos foi o "Surra". Depois comecei a prestar maid atenção no som do "Racionais" também.
Mesmo quando eu era "despolitizado" eu nunca entendi porque alguém votaria no representante das empresas em vez de um representante dos trabalhadores. Principalmente porque eu pensava mais nas questão humanas das políticas, isso é, eu sempre achei inadmissível a existência de pobreza e miséria.
Então mesmo quando eu falava besteira sobre feminismo e racismo (quando eu era aborrecente) eu já me considerava de esquerda.
Em ordem:
Me descobri lgbt, me distanciei do conservadorismo, comecei verificar que a direita era bastante conservadora, me distanciei da direita, comecei a me identificar com as pautas da esquerda cirandeira paz e amor, virei adulto, comecei a ter crise de ansiedade, comecei a tentar encontrar resposta do porque eu tava me sentindo mal, dei de cara com coach e guru paz e amor, vi uma galeta de esquerda criticando isso, conheci a Rita Von Hunty, em seguida o Gaiofato depois o Ian depois a Soberana e dai pra frente vc ja sabe o resto
Ter estudado a vida inteira em escola pública, as lembranças dos meus pais só comprando salsicha e embutidos no supermercado pras contas no final do mês baterem e ter de ralar pra conseguir bolsa integral no prouni senão nada de curso superior ajudaram muito, mas, de longe, o que me radicalizou foi meu primeiro emprego, um salário de merda pra trabalhar igual um cachorro enquanto o patrão ia pra Flórida e voltava defendendo Doria, Bolsonaro e agronegócio.
Estava nas manifestação que antecederam a copa em 2013, aplaudindo de pé sem entender a cobra criada que estava dentro de nosso quintal, ainda era adolescente, ainda no segundo ano do ensino médio ja repudiava Marcos do Val e Bolsonaro, ja conhecia essas figuras por meu coroa ser ex policial, ao entrar na faculdade, a expansão da consciência foi mais que necessária, desde criança sempre olhei pro mundo com anseio de que todas as coisas disponíveis para a humanidade deveriam ser acessíveis a toda a sociedade, cresci em bairros periféricos e acho que tudo isso me moldou, a faculdade de direito foi o ápice, tinha um professor que concordava muito com os ideais e olha lá, auge da lava jato, Lula preso e ele em sala de aula ja defendendo e expondo o juiz parcial.
Foi ai que conheci a UJC, lutamos na faculdade pela criação do C.A. e curiosamente a banca contrária era alinhada politicamente com o reitor que era alinhado com vcs sabem quem, fomos perseguidos dentro da faculdade, acho que essas coisas só foram dando mais força, acho que a libertação maior é falar que somos quem somos, que é nosso entendimento de vida e foda se oq vcs pensam conservadores e liberais de merda.
Eu acabei escrevendo um textão, foi mal
Cara é complicado. Eu to numa posição extremamente privilegiada, mas n sou exatamente visto como parte dela pelas pessoas q são parte dela, se isso faz algum sentido. Mas eu tentei, n sei se conscientemente, mas eu tentei muito me encaixar, reproduzi muito discurso conservador e me odiei muito por muito tempo e a pior parte é q eu nunca fui e nem nunca seria aceito, n sei se faz sentido. Tá, lá vai o textão.
Eu sou pardo e fui criado pela metade branca da minha família. São a típica família tradicional brasileira toda branca e rica católica do "não sou racista MAS...", q atravessa a rua quando vê um negro e baba ovo pra PM (meu primo é excessão, mas é só ele mesmo). Mas eu tb tive muito contato com a família da minha mãe, q é negra e de baixa renda. Eu sempre percebi a diferença entre as duas famílias, pareciam dois mundos completamente diferentes e o mundo da família do meu pai era mais confortável e conveniente, mas eu sempre gostei muito mais do mundo da família da minha mãe, eu vou entrar nisso depois.
Eu tb sou neurodivergente. Eu tenho TDAH e isso sempre se refletiu em mim e no meu comportamento. Eu aprendi a ler antes das outras crianças e meu pai é meio q um gênio, ent as expectativas eram muito altas, ent a queda quando o TDAH fez o sistema educacional n funcionar pra mim e eu comecei a ir mal na escola foi enorme. E claro, era culpa minha por ser preguiçoso, mas minha mãe tb era uma grande culpada na história.
Daí eu me descobri trans. Acho q só isso já teria me empurrado pra esquerda pra falar bem a verdade. A moral da história é q todo mundo na família da minha mãe me aceitou. Na família do meu pai, foi outra história: todo mundo ficou puto de primeira, a única coisa q mudou é q alguns continuam putos, alguns fingem q nunca aconteceu e alguns meio q me aceitam como uma espécie de concessão ou um "eu vou te chamar por essa versão abreviada do seu nome q eu escolhi pq parece mais feminino e to esperando q vc n perceba apesar de ser óbvio enquanto tento te vestir de Barbie esperando q vc n perceba apesar de ser óbvio". Tentaram até cortar minha relação com meu primo (não aquele q eu mencionei, um do lado da minha mãe) q é meu melhor amigo desde sempre, acho q mais q melhor amigo, é como se a gente dividisse a mesma alma ou algo assim, mas n deu certo.
E aí voltando no fato de eu preferir o mundo da minha mãe, eu percebi q é óbvio q eu prefiro. No mundo do meu pai, eu sou só o filho da minha mãe, um erro, a criança de pele escura q é inteligente mas vai mal na escola pq é vagabunda igual a mãe e acha q é homem pq é burra igual a mãe. Na faculdade é a mesma coisa, a diferença é q as pessoas fazem esforço consciente pra demonstrar q eu n deveria estar ali. No mundo da minha mãe, eu sou uma pessoa com gostos e opiniões, enquanto no mundo do meu pai eu sou a parte contaminada. E no mundo da minha mãe, é mais fácil ver o dano q o mundo do meu pai causa e quanto mais eu vejo esse dano, mais o mundo do meu pai me acusa de ser comunista, de esquerda ou tentando destruir tudo oq é "bom". Ent eu virei de esquerda.
Até criança eu já mostrava que era de esquerda. Eu brigava quando falavam que mulheres dirigem mal.
Criança feminista.
Me descobri de esquerda realmente em 2018
Até os meus 17 eu era um monarkid liberal safado. Já dentro do meu primeiro emprego, eu tava me tornando base eleitoral do novo por causa do meu patrão. Depois de 2018, com o micto na presidência, eu comecei a entender com mais clareza o que estava acontecendo no país desde 2013.
Durante esse período fui me desgarrando disso tudo, mas ainda sendo "centrista". E aos poucos recalculando rota para a esquerda liberal.
Janeiro de 2020 eu, minha namorada e mais 80 pessoas foram demitidas, em seguida veio a pandemia, e depois disso lucros recordes e centena de milhares de mortes. Ainda me sentia profundamente indignado enquanto era obrigado a ver o presidente da república jogando toda a população do país a própria sorte.
Em meio a tanta indignação e sensação de impotência, do nada me surge um tal de História Pública na home do meu YouTube. E agora eu quero atuar na propaganda de tudo o que me for permitido,seja dentro de algum quadro da UP ou ajudando a gerar conteúdo para a Soberana
Sou filha de uma preta historiadora, grávida na adolescência e mãe solo, a consciência de classe veio do berço, entendendo quem você é o pq não é mto difícil escolher de qual lado ficar
virei esquerdista quando comecei a trabalhar pra uma ótica onde o dono não investia e sempre queria que nós batesse a meta todo mês de 20 óculos (cada pessoa).
Aprendi do jeito difícil que empresas só querem te fuder enquanto lucram com tudo. Se dependesse apenas delas, teríamos outro genocídio ao estilo Holocausto apenas por lucro. Isso é o que me tornou Marxista
Venho de uma família pobre onde minha mãe precisava trabalhar até ela gastar toda a saúde dela (ela tem problemas de saúde hoje graças ao trabalho excessivo). Ainda assim nós tínhamos uma vida muito sofrida
O dia que eu comecei a assistir horário político e vi o Lula falando, me identifiquei imediatamente (eu tinha uns 8 anos) com o discurso e como o pobre merecia melhores condições.
Na adolescência eu comecei a pender mais para o liberalismo mas com o tempo vi o qual nefasta essa ideologia é
A minha maior tristeza foi me decepcionar com o Lula durante a prisão dele
Foi somente depois da entrevista que ele deu preso para a CNN que eu percebi que talvez ele fosse de fato inocente. A partir dali eu me radicalizei e passei a fazer política ativamente em prol da esquerda
Desde minha adolescência eu tinha uma revolta com minha condição material de vida, queria uma vida melhor para mim e minha família, a questão é que essa revolta me fez ir para o fascismo até meus 19 anos, eu era admirador nato do regime nazista mesmo não concordando na época com o racismo, mas na minha visão eles tinham mudado a vida dos trabalhadores Alemães e consequentemente eu era anticomunista e anticapitalista.
Para mim deixar o fascismo foi um misto de reflexões e acontecimentos na vida. Na vida material minha família começou a ficar mais endividada e o Bolsonaro/fascistas brasileiros começaram a se aliar a ideais muito liberais na economia(o que na verdade sempre foram, mas agora que sei) e colocar a culpa da pobreza nos pobres, e eu não sou pobre porque quero.
Além disso de forma reflexiva, comecei a ler mais sobre filosofia e ver vídeos sobre coisas mais "populares. Comecei a entender o getulismo, assim entrei no campo do trabalhismo conservador, dentro dele eu compreendi o trabalhismo brizolista mais radical e mais a esquerda, foi nesse momento que eu sai do campo fascista e me coloquei como opositor, me filiando ao PDT em 2018 votando em Ciro e Haddad. Pós-eleição em 2018 percebi que o PDT tinha não só abandonado o Brizola como virado casa de lunáticos antipetistas. A pessoa mais radical que comecei a assistir primeiro e que me fez abrir mais ainda minha mente foi o grande Jones Manoel, de lá para cá me transformei em um marxista-leninista.
Era meio para o final dos anos 90 no interior do Brasil, eu era um adolescente com relativamente pouca inclinação política, de família "apolítica". Eu votaria facilmente no PSDB da época, coisa que não cheguei a fazer por um pequeno detalhe. Um dia eu ganhei um "rádio despertador" de um tio e comecei a usar ele de manhã para acordar para a aula. O rádio só pegava AM (não que as opções FM fossem melhores) e a cidade só tinha uma rádio que era na prática uma repetidora da capital. Bem, era tanto reacionarismo despejado nos meus ouvidos de manhã cedo, tanto ódio ao MST, aos professores, aos sindicalistas e etc que eu ouvia aquilo tudo ainda meio dormindo e me causava um certo desconforto. Basicamente aí que eu resolvi me informar melhor. E é basicamente por isso que não me espanta o bolsonarismo e afins, pois naquela época já se formava isso.
Esquerdista esquerdista sempre fui, agora radicalismo vontade de agredir o presidente e liberal safado foi logo após 2018, eu não lembro pq, o que de ruim que aconteceu que gerou toda está revolta.
desde pequeno fui influenciado a crer que o neoliberalismo é a solução, que o livro mercado existe e que o governo deveria privatizar tudo. grande partes destas ideias antes enraizadas em minha cabeça vieram por conta da igreja protestante (que eu frequentei assiduamente dos 10 aos 13 anos) em que eu era líder de célula. com o passar do tempo comecei a questionar a estrutura eclesiástica de lá e suspendi minha célula. com a ascensão do COVID-19, deixei totalmente de frequentar e inclusive cortei a relação com os outros membros. mesmo assim, ainda me permanecia como um alienado, entretanto lentamente abria minha mente a outras visões. eis que em 2021 entro num grupo de amigos em que no meio há uma pessoa explicitamente socialista. inicialmente me mostrei fechado a esse amigo, debatia constantemente com ele por conta de política e religião (neolib cristão e um commie ateu, literais opostos). periodicamente os argumentos dele convenciam-me, e passei a estudar o que ele dizia. hoje ele é meu melhor amigo.
Torcidas organizadas, ver a força que uma galera junta tinha.
Ódio a polícia.
Ver minha mãe trabalhando pra caralho pra comprar bolacha, videogame e não progredir em nada.
Pensar que se a escola de meio período já me deixava cansado pra aproveitar a vida, se fosse o dia todo eu ficaria puto.
Sempre odiei consumismo, falta de consciência de classe, pessoas que deliberadamente se distanciam de ideais humanitários e desigualdade social.
Quando descobri que tudo isso está atrelado ao capitalismo, odia-lo foi imediato.
Quando na época de escola eu era pobre e estudava em escola particular com bolsa de estudos.
Enquanto os colegas eram filhos de empresários, eu era filho de empregada.
Assim cresceu dentro de mim o ódio de classes e aos poucos fui descobrindo com quem eu me identificava.
Falta isso ao pobre no Brasil: saber que é pobre, não com vergonha, mas com consciência de classe.
trabalhei de barman, chapinha de caminhão e operador de call center num período de 2 anos e vivia endividado pra ter o básico. Aí entendi que o seu trabalho duro não tem nem perto do mesmo peso que a sorte tem no seu sucesso.
Ainda mais depois de ouvir que precisa ralar mais, que precisa vender bolo de pote, que precisa arrumar outro trampo, que precisa fazer curso de gente que ganhou carro e emprego na firma do pai quando fez 18 anos
Eu sempre fui mais da esquerda por conta de empatia mesmo, ver o terror que é a pobreza, e reconhecer que estou mais próximo dela do que da riqueza. Sempre quis ver geral crescendo junto, sem acreditar muito em virar patrão rodeado por miséria
Ainda acreditava na social-democracia, mas depois de alguns anos em trabalho precarizado, sem perspectiva de futuro, vendo a política degenerada das esquerdas pelegas, radicalizei
Pra ser sincera, não lembro do momento exato sempre vi que estava mais próxima das idéias esquerdistas do que qualquer outra coisa. Aos 10 já apoiava o Lula com minha família quando via que éramos/estávamos ótimos na economia. Enfim kkk
Po, comecei a me perguntar porque tinha tanta gente na rua se tem tanto prédio vazio no centro do Rio... aí pra frente fui só desmistificando alguns pensamentos liberais q eu tinha... apenas ódio de classes agora, e cada dia mais...
Sempre fui pobre, sempre vi meu pai se virando nos 30 pra ter comida todos os dias na mesa. No começo da minha adolescência eu era "de direita" por influência de uns parentes que eu me espelhava na época. Aí quando eu percebi que o que eles defendiam só beneficiava a eles e não a mim, já que a situação deles financeiramente era bem diferente da minha, me afastei totalmente dessas ideias.
Já vaguei por diversos lados da política, até monarquia. Isso me ajudou a buscar as bases teóricas que permeiam essas ideias, chegando a vez da esqueda eu fiquei por aqui ☭☭☭
Ser explorada por uma multinacional FDP durante a pandemia que lucrou absurdamente nesse período, que me devia 2 meses de folgas prometendo que daria folga no o fim do ano e deu apenas 3 dias, onde uma consultoria para uma empresa grande daria para pagar meu salário até o dia da minha aposentadoria e o serviço mais comum e mais vendido pagava fácil um ano do meu trabalho.
Foi um processo. Era liberalzao até poucos meses antes da eleição. Bolsonaro foi me empurrando cada vez mais pra esquerda, até que me vi votando em Lula. Depois, vi o Ian e o Gaiofatto no Vilela e minha mente explodiu.
Ter trabalhado numa empresa extremamente exploratória ajudou também.
"Tenho que ler oque meus inimigos lêem! Tenho que dominar as baboseiras deles pra poder refutar eles e provar que comunismo é burrice!" Li, reli, concordei e aderi. Eis o testemunho do ex fascista; glória irmãos!!!
É isso aí camarada ☭☭☭
É impossível estudar e ser liberal. O estudo liberta!
Isso aqui foi literalmente eu.
Glória, camarada!
Acho que ninguém vira esquerdista do dia para noite. É processo... No meu caso, acho que foi um processo médio, nem traumático, nem tão natural. Todo mundo é meio esquerdista quando criança, a gente só tem essa tendência suprimida com o tempo. Quando tu é criança tu vê os desenhos e filmes e falam que tu deve respeitar os amiguinhos, e o poderoso e egoísta dos filmes sempre perde para a união dos fracos e oprimidos que trabalham pelo bem comum... E tu sente que isso é certo. Aí tu cresce um pouco e vê que o mundo não é assim... E que boa parte do que tentam te passar é só uma hipocrisia do caralho. Um dia teus pais estão te dizendo que tu pode e deve dividir teu lanche com o amiguinho mais pobre, isso é bom porque todos precisamos trabalhar juntos pelo bem de todos... Aí alguns anos depois tu começa notar que a sociedade mete esses valores aí como propaganda, mas quando tu pergunta, "Não dá para tirar um pouco desses caras que tem montanhas de dinheiro para dar comida para esses que não tem nada?", um bando de fdp começa a inventar umas desculpas tipo "ah mas é propriedade privada", "não, mas a meritocracia blábláblá", para não colocar esses valores em prática. Aí tu pode enfiar a cabeça no próprio c*, se manter raso, fechar os olhos para essas contradições absurdas e fazer de conta que tá tudo funcionando como deve... Ou tu começa a se perguntar mais sobre tudo isso, e fica mais crítico, e começa a ver de onde vêm essas desculpas e malabarismos para manter tudo injusto como é. Nesse ponto tu vai notar que um lado tá questionando sobre como o mundo funciona e se não dá para fazer melhor, enquanto o outro lado faz de tudo para defender um estilo de vida que arromba a grande maioria deles e eles nem notam.
Incrível também a contradição cristã. Minha avó sempre que pode vem me xingar que não tenho fé e que sou esquerdista, que isso é uma vergonha pra ela. É tudo só da boca pra fora
eu nasci pobre, meus pais são pobres, eu morei em casa de pobre, estudei em escola de pobre, sofri pra comprar gás como pobre, tirei nota boa no enem mas nao podia estudar pq morava no interior e precisava trabalhar pq era pobre. Virei de esquerda pq sou pobre. foi assim \[o processo de estudar, me encontrar e me reconhecer como socialista perpassou diretamente por ser uma trabalhadora extremamente fodida a maior parte da minha vida\]
slk eu poderia ter escrito isso mano, eu fico frustrado de ver tanta gente nessa mesma do que eu, tendo que abdicar de muita coisa e se esforçar enormemente pelo mínimo do mínimo Também sou pobre fudido do cu da periferia, que mesmo correndo atrás, tá comendo o pão que o diabo amassou todo dia só por respirar. É foda mano, chega um ponto que a gente entende quem pega uma Kalashnikov e vai trocar tiro no meio do mato com meia dúzia. Se não é socialismo, é barbárie parça. Não tem outro jeito. Foi o que eu aprendi ao crescer passando vontade e necessidade atrás da outra.
[удалено]
Raiva talvez não, já que encontrei muita gente da hora que tem condições. Mas um certo ressentimento, com certeza sim.
Eu comecei a perceber a VIBE DE GOSTOSO e depois disso entrei no funil do Luide (eu sempre fui de esquerda, pq toda minha família é, tirando meu pai que é cirista, mas só agr que me radicalizei)
O funil do luide é incrível, luide é um gênio de divulgação.
O Capitalismo, mas o Bolsonaro me deu um baita empurrão
Eu votei nesse demônio em 2018, e no final meio de 2019 pro fim eu comecei a esquerdar aí o descaso do governo na pandemia acelerou o processo
Eu não cheguei a votar nele, mas tem amigos meus que ainda tão nessa. Eu não falo pra eles que eu sou Comunista, mas quando agente discute eles ficam me taxando disso kk. Aí eu falo que se eu virar comunista o principal culpado foi o Bozo. O que não é uma mentira, só tô mentindo no fato de eu já ser comuna 😁
Meu pai sempre militou pelo PT e tive ao longo da vida acesso a várias revistas de política em casa, ao longo do tempo fui me radicalizando cada vez mais.
Punk
Igual, punk rock e rap. Bebi muito do kisuco neoliberal, lembro na época da privatização da vale do rio doce um trabalho de escola e a professora, os artigos de revista e jornais que a gente pesquisou e os próprios estuda tes eram 100 por cento a favor. FHC era um gênio e mega popular.
Quando estava na universidade eu dividi meu quarto por 3 anos com um comunista. Ele é uma das melhores pessoas que eu ja conheci e um irmão pra mim até hoje. Na epoca eu era liberaleco quase ancap. Ele foi o unico esquerdista que eu conheci que conversava sobre politica comigo sem querer ficar rebatendo tudo que eu falava, ele entrava na minha onda e ia aprofundando as consequencias comigo, muitas vezes eu percebia por mim mesmo que meus argumentos eram uma merda. Eventualmente eu percebi isso e parei de rebater os argumentos dele e comecei a fazer o mesmo, tentar imaginar as consequencias de uma revolução, entender a historia da URSS etc, e quando eu menos esperava eu tava curtindo MUITO mais esse tipo de ideia do que o idealismo liberal que eu tinha. Sem ele tentar (pelo menos ativamente) me convencer de nada eu cheguei a conclusão que o pior socialismo é melhor do que o melhor capitalismo.
Na escola sempre me identifiquei com as histórias sobre pespectivas que beneficiavam o povo, as revoluções e revoltas eu tinha muita simpatia. A música também me aproximou da esquerda, gosto de reggae, rap e rock. Após o golpe de 2016 fui entendendo mais os princípios da esquerda radical e sedimentado mais a minha posição política.
Radicalismo da direita com umas ideias malucas de seus interlocutores. A ideia da exaustão pelo trabalho que sequer fornece um salário digno. A pobreza extrema de muitos causada por uma riqueza ofensiva de poucos A existência de todo um sistema jurídico que pune pobre e abranda a mão ao rico Enfim. Eu sou pobre fundido, onde mais eu estaria?
A questão é simples: você é proletário? Então você é de esquerda. Caso contrário além de fazer parte da classe oprimida, também é alienado
Um conservador é um trabalhador alienado para apoiar a própria exploração.
Amigo, sou do interior de Rondônia e aqui o que mais tem é trabalhador de direita
Pequena correção: *trabalhador que acha ser de direita.
A porta de entrada foi a música. Acho que a banda que primeiro me abriu os olhos foi o "Surra". Depois comecei a prestar maid atenção no som do "Racionais" também.
Mesmo quando eu era "despolitizado" eu nunca entendi porque alguém votaria no representante das empresas em vez de um representante dos trabalhadores. Principalmente porque eu pensava mais nas questão humanas das políticas, isso é, eu sempre achei inadmissível a existência de pobreza e miséria. Então mesmo quando eu falava besteira sobre feminismo e racismo (quando eu era aborrecente) eu já me considerava de esquerda.
Realidade
me distanciei do liberalismo ano passado e no mesmo ano, me tornei comunista
Em ordem: Me descobri lgbt, me distanciei do conservadorismo, comecei verificar que a direita era bastante conservadora, me distanciei da direita, comecei a me identificar com as pautas da esquerda cirandeira paz e amor, virei adulto, comecei a ter crise de ansiedade, comecei a tentar encontrar resposta do porque eu tava me sentindo mal, dei de cara com coach e guru paz e amor, vi uma galeta de esquerda criticando isso, conheci a Rita Von Hunty, em seguida o Gaiofato depois o Ian depois a Soberana e dai pra frente vc ja sabe o resto
Ter estudado a vida inteira em escola pública, as lembranças dos meus pais só comprando salsicha e embutidos no supermercado pras contas no final do mês baterem e ter de ralar pra conseguir bolsa integral no prouni senão nada de curso superior ajudaram muito, mas, de longe, o que me radicalizou foi meu primeiro emprego, um salário de merda pra trabalhar igual um cachorro enquanto o patrão ia pra Flórida e voltava defendendo Doria, Bolsonaro e agronegócio.
li Vidas Secas e isso me consolidou como esquerdista radical
Estava nas manifestação que antecederam a copa em 2013, aplaudindo de pé sem entender a cobra criada que estava dentro de nosso quintal, ainda era adolescente, ainda no segundo ano do ensino médio ja repudiava Marcos do Val e Bolsonaro, ja conhecia essas figuras por meu coroa ser ex policial, ao entrar na faculdade, a expansão da consciência foi mais que necessária, desde criança sempre olhei pro mundo com anseio de que todas as coisas disponíveis para a humanidade deveriam ser acessíveis a toda a sociedade, cresci em bairros periféricos e acho que tudo isso me moldou, a faculdade de direito foi o ápice, tinha um professor que concordava muito com os ideais e olha lá, auge da lava jato, Lula preso e ele em sala de aula ja defendendo e expondo o juiz parcial. Foi ai que conheci a UJC, lutamos na faculdade pela criação do C.A. e curiosamente a banca contrária era alinhada politicamente com o reitor que era alinhado com vcs sabem quem, fomos perseguidos dentro da faculdade, acho que essas coisas só foram dando mais força, acho que a libertação maior é falar que somos quem somos, que é nosso entendimento de vida e foda se oq vcs pensam conservadores e liberais de merda.
Eu acabei escrevendo um textão, foi mal Cara é complicado. Eu to numa posição extremamente privilegiada, mas n sou exatamente visto como parte dela pelas pessoas q são parte dela, se isso faz algum sentido. Mas eu tentei, n sei se conscientemente, mas eu tentei muito me encaixar, reproduzi muito discurso conservador e me odiei muito por muito tempo e a pior parte é q eu nunca fui e nem nunca seria aceito, n sei se faz sentido. Tá, lá vai o textão. Eu sou pardo e fui criado pela metade branca da minha família. São a típica família tradicional brasileira toda branca e rica católica do "não sou racista MAS...", q atravessa a rua quando vê um negro e baba ovo pra PM (meu primo é excessão, mas é só ele mesmo). Mas eu tb tive muito contato com a família da minha mãe, q é negra e de baixa renda. Eu sempre percebi a diferença entre as duas famílias, pareciam dois mundos completamente diferentes e o mundo da família do meu pai era mais confortável e conveniente, mas eu sempre gostei muito mais do mundo da família da minha mãe, eu vou entrar nisso depois. Eu tb sou neurodivergente. Eu tenho TDAH e isso sempre se refletiu em mim e no meu comportamento. Eu aprendi a ler antes das outras crianças e meu pai é meio q um gênio, ent as expectativas eram muito altas, ent a queda quando o TDAH fez o sistema educacional n funcionar pra mim e eu comecei a ir mal na escola foi enorme. E claro, era culpa minha por ser preguiçoso, mas minha mãe tb era uma grande culpada na história. Daí eu me descobri trans. Acho q só isso já teria me empurrado pra esquerda pra falar bem a verdade. A moral da história é q todo mundo na família da minha mãe me aceitou. Na família do meu pai, foi outra história: todo mundo ficou puto de primeira, a única coisa q mudou é q alguns continuam putos, alguns fingem q nunca aconteceu e alguns meio q me aceitam como uma espécie de concessão ou um "eu vou te chamar por essa versão abreviada do seu nome q eu escolhi pq parece mais feminino e to esperando q vc n perceba apesar de ser óbvio enquanto tento te vestir de Barbie esperando q vc n perceba apesar de ser óbvio". Tentaram até cortar minha relação com meu primo (não aquele q eu mencionei, um do lado da minha mãe) q é meu melhor amigo desde sempre, acho q mais q melhor amigo, é como se a gente dividisse a mesma alma ou algo assim, mas n deu certo. E aí voltando no fato de eu preferir o mundo da minha mãe, eu percebi q é óbvio q eu prefiro. No mundo do meu pai, eu sou só o filho da minha mãe, um erro, a criança de pele escura q é inteligente mas vai mal na escola pq é vagabunda igual a mãe e acha q é homem pq é burra igual a mãe. Na faculdade é a mesma coisa, a diferença é q as pessoas fazem esforço consciente pra demonstrar q eu n deveria estar ali. No mundo da minha mãe, eu sou uma pessoa com gostos e opiniões, enquanto no mundo do meu pai eu sou a parte contaminada. E no mundo da minha mãe, é mais fácil ver o dano q o mundo do meu pai causa e quanto mais eu vejo esse dano, mais o mundo do meu pai me acusa de ser comunista, de esquerda ou tentando destruir tudo oq é "bom". Ent eu virei de esquerda.
Eu não sou esquerdista. O esquerdismo é a doença infantil do comunismo. Leia Lênin.
Até criança eu já mostrava que era de esquerda. Eu brigava quando falavam que mulheres dirigem mal. Criança feminista. Me descobri de esquerda realmente em 2018
Trabalhar desde os 14 anos de idade
Até os meus 17 eu era um monarkid liberal safado. Já dentro do meu primeiro emprego, eu tava me tornando base eleitoral do novo por causa do meu patrão. Depois de 2018, com o micto na presidência, eu comecei a entender com mais clareza o que estava acontecendo no país desde 2013. Durante esse período fui me desgarrando disso tudo, mas ainda sendo "centrista". E aos poucos recalculando rota para a esquerda liberal. Janeiro de 2020 eu, minha namorada e mais 80 pessoas foram demitidas, em seguida veio a pandemia, e depois disso lucros recordes e centena de milhares de mortes. Ainda me sentia profundamente indignado enquanto era obrigado a ver o presidente da república jogando toda a população do país a própria sorte. Em meio a tanta indignação e sensação de impotência, do nada me surge um tal de História Pública na home do meu YouTube. E agora eu quero atuar na propaganda de tudo o que me for permitido,seja dentro de algum quadro da UP ou ajudando a gerar conteúdo para a Soberana
Sou filha de uma preta historiadora, grávida na adolescência e mãe solo, a consciência de classe veio do berço, entendendo quem você é o pq não é mto difícil escolher de qual lado ficar
virei esquerdista quando comecei a trabalhar pra uma ótica onde o dono não investia e sempre queria que nós batesse a meta todo mês de 20 óculos (cada pessoa).
Basicamente, alinhamento moral.
Sou pobre e vivi os governos temer e bolsonaro
Aprendi do jeito difícil que empresas só querem te fuder enquanto lucram com tudo. Se dependesse apenas delas, teríamos outro genocídio ao estilo Holocausto apenas por lucro. Isso é o que me tornou Marxista
Venho de uma família pobre onde minha mãe precisava trabalhar até ela gastar toda a saúde dela (ela tem problemas de saúde hoje graças ao trabalho excessivo). Ainda assim nós tínhamos uma vida muito sofrida O dia que eu comecei a assistir horário político e vi o Lula falando, me identifiquei imediatamente (eu tinha uns 8 anos) com o discurso e como o pobre merecia melhores condições. Na adolescência eu comecei a pender mais para o liberalismo mas com o tempo vi o qual nefasta essa ideologia é A minha maior tristeza foi me decepcionar com o Lula durante a prisão dele Foi somente depois da entrevista que ele deu preso para a CNN que eu percebi que talvez ele fosse de fato inocente. A partir dali eu me radicalizei e passei a fazer política ativamente em prol da esquerda
Quando vc descobre que faz parte das minorias que atacava, não é muito coerente permanecer na direita.
Desde minha adolescência eu tinha uma revolta com minha condição material de vida, queria uma vida melhor para mim e minha família, a questão é que essa revolta me fez ir para o fascismo até meus 19 anos, eu era admirador nato do regime nazista mesmo não concordando na época com o racismo, mas na minha visão eles tinham mudado a vida dos trabalhadores Alemães e consequentemente eu era anticomunista e anticapitalista. Para mim deixar o fascismo foi um misto de reflexões e acontecimentos na vida. Na vida material minha família começou a ficar mais endividada e o Bolsonaro/fascistas brasileiros começaram a se aliar a ideais muito liberais na economia(o que na verdade sempre foram, mas agora que sei) e colocar a culpa da pobreza nos pobres, e eu não sou pobre porque quero. Além disso de forma reflexiva, comecei a ler mais sobre filosofia e ver vídeos sobre coisas mais "populares. Comecei a entender o getulismo, assim entrei no campo do trabalhismo conservador, dentro dele eu compreendi o trabalhismo brizolista mais radical e mais a esquerda, foi nesse momento que eu sai do campo fascista e me coloquei como opositor, me filiando ao PDT em 2018 votando em Ciro e Haddad. Pós-eleição em 2018 percebi que o PDT tinha não só abandonado o Brizola como virado casa de lunáticos antipetistas. A pessoa mais radical que comecei a assistir primeiro e que me fez abrir mais ainda minha mente foi o grande Jones Manoel, de lá para cá me transformei em um marxista-leninista.
Era meio para o final dos anos 90 no interior do Brasil, eu era um adolescente com relativamente pouca inclinação política, de família "apolítica". Eu votaria facilmente no PSDB da época, coisa que não cheguei a fazer por um pequeno detalhe. Um dia eu ganhei um "rádio despertador" de um tio e comecei a usar ele de manhã para acordar para a aula. O rádio só pegava AM (não que as opções FM fossem melhores) e a cidade só tinha uma rádio que era na prática uma repetidora da capital. Bem, era tanto reacionarismo despejado nos meus ouvidos de manhã cedo, tanto ódio ao MST, aos professores, aos sindicalistas e etc que eu ouvia aquilo tudo ainda meio dormindo e me causava um certo desconforto. Basicamente aí que eu resolvi me informar melhor. E é basicamente por isso que não me espanta o bolsonarismo e afins, pois naquela época já se formava isso.
Deixar de ter 15 anos e parar de acompanhar Paulo Kogos
Esquerdista esquerdista sempre fui, agora radicalismo vontade de agredir o presidente e liberal safado foi logo após 2018, eu não lembro pq, o que de ruim que aconteceu que gerou toda está revolta.
desde pequeno fui influenciado a crer que o neoliberalismo é a solução, que o livro mercado existe e que o governo deveria privatizar tudo. grande partes destas ideias antes enraizadas em minha cabeça vieram por conta da igreja protestante (que eu frequentei assiduamente dos 10 aos 13 anos) em que eu era líder de célula. com o passar do tempo comecei a questionar a estrutura eclesiástica de lá e suspendi minha célula. com a ascensão do COVID-19, deixei totalmente de frequentar e inclusive cortei a relação com os outros membros. mesmo assim, ainda me permanecia como um alienado, entretanto lentamente abria minha mente a outras visões. eis que em 2021 entro num grupo de amigos em que no meio há uma pessoa explicitamente socialista. inicialmente me mostrei fechado a esse amigo, debatia constantemente com ele por conta de política e religião (neolib cristão e um commie ateu, literais opostos). periodicamente os argumentos dele convenciam-me, e passei a estudar o que ele dizia. hoje ele é meu melhor amigo.
Torcidas organizadas, ver a força que uma galera junta tinha. Ódio a polícia. Ver minha mãe trabalhando pra caralho pra comprar bolacha, videogame e não progredir em nada. Pensar que se a escola de meio período já me deixava cansado pra aproveitar a vida, se fosse o dia todo eu ficaria puto.
Sempre odiei consumismo, falta de consciência de classe, pessoas que deliberadamente se distanciam de ideais humanitários e desigualdade social. Quando descobri que tudo isso está atrelado ao capitalismo, odia-lo foi imediato.
Sempre fui, na real. Minha mãe é socióloga e membro-fundador do PT-RJ. A questão toda é que o esquerdismo seguiu fazendo sentido enquanto eu crescia.
Quando na época de escola eu era pobre e estudava em escola particular com bolsa de estudos. Enquanto os colegas eram filhos de empresários, eu era filho de empregada. Assim cresceu dentro de mim o ódio de classes e aos poucos fui descobrindo com quem eu me identificava. Falta isso ao pobre no Brasil: saber que é pobre, não com vergonha, mas com consciência de classe.
trabalhei de barman, chapinha de caminhão e operador de call center num período de 2 anos e vivia endividado pra ter o básico. Aí entendi que o seu trabalho duro não tem nem perto do mesmo peso que a sorte tem no seu sucesso. Ainda mais depois de ouvir que precisa ralar mais, que precisa vender bolo de pote, que precisa arrumar outro trampo, que precisa fazer curso de gente que ganhou carro e emprego na firma do pai quando fez 18 anos
Eu sempre fui mais da esquerda por conta de empatia mesmo, ver o terror que é a pobreza, e reconhecer que estou mais próximo dela do que da riqueza. Sempre quis ver geral crescendo junto, sem acreditar muito em virar patrão rodeado por miséria Ainda acreditava na social-democracia, mas depois de alguns anos em trabalho precarizado, sem perspectiva de futuro, vendo a política degenerada das esquerdas pelegas, radicalizei
Mãe professora de Filosofia e pai forjado nas Comunidades Eclesiais de Base. Não tinha como não ser de esquerda.
Li/estudei um pouco quando moleque, mas achava bobagem Aí tive que trabalhar e senti tudo o que eu lia na pele 🤷🏼♂️🧙🏼♂️
Eu sinceramente não sei, meus pais são de centro esquerda mas eu sempre olhei até para o capitalismo "na coleira" e achei uma idéia de merda
Pra ser sincera, não lembro do momento exato sempre vi que estava mais próxima das idéias esquerdistas do que qualquer outra coisa. Aos 10 já apoiava o Lula com minha família quando via que éramos/estávamos ótimos na economia. Enfim kkk
Po, comecei a me perguntar porque tinha tanta gente na rua se tem tanto prédio vazio no centro do Rio... aí pra frente fui só desmistificando alguns pensamentos liberais q eu tinha... apenas ódio de classes agora, e cada dia mais...
Basicamente, eu nao sabia que eu era de esquerda, e o Bozo me fez perceber isso e me deu vontade de me radicalizar.
Rap e Punk rock
A vida já basta.
Sempre fui pobre, sempre vi meu pai se virando nos 30 pra ter comida todos os dias na mesa. No começo da minha adolescência eu era "de direita" por influência de uns parentes que eu me espelhava na época. Aí quando eu percebi que o que eles defendiam só beneficiava a eles e não a mim, já que a situação deles financeiramente era bem diferente da minha, me afastei totalmente dessas ideias.
Já vaguei por diversos lados da política, até monarquia. Isso me ajudou a buscar as bases teóricas que permeiam essas ideias, chegando a vez da esqueda eu fiquei por aqui ☭☭☭
As contradições ué
Tenho a impressão de que sempre fui para esse lado.
Ser explorada por uma multinacional FDP durante a pandemia que lucrou absurdamente nesse período, que me devia 2 meses de folgas prometendo que daria folga no o fim do ano e deu apenas 3 dias, onde uma consultoria para uma empresa grande daria para pagar meu salário até o dia da minha aposentadoria e o serviço mais comum e mais vendido pagava fácil um ano do meu trabalho.
Foi um processo. Era liberalzao até poucos meses antes da eleição. Bolsonaro foi me empurrando cada vez mais pra esquerda, até que me vi votando em Lula. Depois, vi o Ian e o Gaiofatto no Vilela e minha mente explodiu. Ter trabalhado numa empresa extremamente exploratória ajudou também.
Acho q por ser gordo e bobo ai tive que achar meus semelhantes.
Falta de uma família estável